
Entre os teus lábios
 é que a loucura acode
 desce à garganta,
 invade a água. 
 No teu peito
 é que o pólen do fogo
 se junta à nascente,
 alastra na sombra. 
Nos teus flancos
 é que a fonte começa
 a ser rio de abelhas,
 rumor de tigre. 
 Da cintura aos joelhos
 é que a areia queima,
 o sol é secreto,
 cego o silêncio. 
 Deita-te comigo.
 Ilumina meus vidros.
 Entre lábios e lábios
 toda a música é minha. Eugénio de Andrade 
Beijiiiiiinho afogado em trabalho pffff.... e bom início de semana!!!
 
 
 
 
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Sou toda ouvidos....