quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

"Até ao fim", Vergílio...

Andei a ler-te durante os últimos tempos…. Deixas-me sempre em choque de mim para mim, na minha condição humana! A verdade, essa, ali, aberta como um corpo morto! As tuas falas comoventes, incisivas, trágicas de quem está perante o filho imóvel no caixão e, a partir daí, um tropel de pensamentos, memórias, reflexões entrecruzadas com um diálogo com quem não pode responder, ou melhor, responde da forma que tu imaginas, Vergílio, da forma que supões que ele te respondesse….
Ensinamentos! Tantos!
Germinam a cada capítulo, a cada página, a cada linha, a cada palavra: VIDA! MORTE! E a busca constante de algo sonhado e que, na maioria das vezes, é busca inacabada:

“Mas no imaginário é que é tudo e o real é uma procura para se encontrar com ele. E quando não se encontra há só que desistir….”

Sentimentos amalgamados, contorcidos de quem se torce em si mesmo nesta condição de SER e PERDER … apenas uma coisa se tem certa “enquanto dura esta hora” por isso:

“Sê calmo. De todo o modo a vida continua. De todo o modo. Estás vivo, é inegável. Sê em ti a verdade da vida, que é a única verdadeira. Mais nada. Mais nada.”

Obrigada, Vergílio, até mais ver!

AGORA.... "SENTIR? SINTA QUEM LÊ!"

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